27 de março de 2009

Dicas para reverter a insatisfação no trabalho

Quem trabalha desmotivado não consegue obter um bom rendimento, comprometendo toda a performance da equipe e o resultado final da empresa. O trabalho deve ser dotado de componentes básicos que são a produção e a felicidade, porque produzir sem ser feliz lembra escravidão. Mas ao invés de mudar essa realidade e apostar em uma nova oportunidade, boa parte desses profissionais se revestem de acomodação e medo, dois sentimentos que se tornam verdadeiras barreiras para que possam procurar uma nova oportunidade no mercado de trabalho.

Para quem está nessa situação, o consultor comportamental Wilson Mileris, que atua há mais de 25 anos na área de desenvolvimento de talentos humanos, aconselha que para identificar oportunidades o candidato deve fomentar seu network. "É importante que ele tenha informações e, se possível, contatos com pessoas da área ou da empresa para participar da seleção. Lembrando que a preparação deve ser considerada como fator preponderante para habilitar-se a ocupar uma vaga", revela o especialista.

Mileris destaca que estar apto exige estudo, desenvolvimento de novas habilidades, atualização e uma postura mental adequada, não só para identificar, mas usufruir das oportunidades que surgirem ao longo do seu caminho. "É determinante manter uma atitude proativa, pois os selecionadores mais experientes, via de regra, não definem o candidato só porque, num primeiro momento, atende às exigências da posição que irá ocupar", explica.

Entretanto, as empresas também devem manter uma política de qualidade que avalie constantemente o nível de comprometimento e satisfação do seu colaborador. Com essa medida, é possível identificar quando alguém não está satisfeito e corrigir o problema. “As empresas que possuem prêmios como do PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade mostram a existência de práticas comuns utilizadas para alcançar a excelência. Estas, planejam suas ações na área de recursos humanos de forma integrada e sustentadora aos seus negócios, criam inúmeros e similares meios para conseguir o comprometimento de seus colaboradores e investem fortemente em treinamento e educação criando as competências necessárias para a realização daqueles planos”, aponta Wilson.

O especialista reforça que se a empresa investir no funcionário, pode se surpreender com o resultado. “Quem não conhece a historia lojas de departamentos Nordstrom. Certa vez, uma cliente queria seu dinheiro de volta porque os pneus comprados apresentaram defeito depois de oito mil quilômetros. Como era uma ótima cliente, o vendedor devolveu o dinheiro. Mas a questão é: a Nordtrom não vende pneus. Mesmo assim, o presidente da empresa ficou orgulhoso do vendedor, que tornou a cliente mais leal. Os seus gastos no futuro compensariam aquele valor devolvido. É claro que nenhuma empresa treina os seus empregados para isso, mas a atitude do funcionário mostra o nível de comprometimento dele. Se alguém ao ler isso afirmar que jamais tomaria tal decisão, realmente precisa buscar outras oportunidades”.

O consultor destaca sete importantes dicas para que o profissional não tenha medo de arriscar:

1 - Ter uma visão positiva do futuro
Pessoas dotadas de visão positiva do futuro podem romper sólidas barreiras de conformismo e resistência, sonhando e criando ideais para suas vidas.

2 - Ter um propósito, um objetivo definido
Cada um anseia por uma sensação de propósito e significado na vida. Para estar vivo, é preciso ter um propósito em relação a algo além de si mesmo. Ter um propósito é um fator primordial para lutar por tudo que vale a pena ter.

3 - Reconhecer seu valor
Não existe, nunca existiu e nunca existirá outro ser humano exatamente como o outro. É preciso reconhecer seu valor e adotar a postura de um vencedor. Seja qual for o momento que se está vivendo, é importante lembrar que isto também passará.

4. Tolerância à frustração
Em vários momentos da vida acontecem reveses. Considerando que isso fenômeno ocorre com qualquer pessoa, é frequente observar que a maioria se abate e desanima. Essa baixa tolerância à frustração gera o medo do fracasso que deve ser entendido como um "revés temporário". Nem o revés, nem a adversidade podem transformar-se em fracasso se forem encarados como "mestres" que ministrarão um aprendizado necessário. Os campeões sabem que não há evolução senão por meio dos tropeços, ou melhor, dos "revezes temporários".

5. Imunizar-se contra o negativismo.
As influências recebidas diariamente podem ser classificadas sob dois aspectos: as positivas e as negativas. Para poder arriscar sempre, é essencial filtrar essas influências e só aceitar as positivas. É comum atender ao telefone e ouvir alguém falar coisas negativas sobre a própria vida deles ou dos outros. Depois de desligar o telefone, normalmente surge uma sensação de que as coisas não estão indo bem. Isso é ficar negativo. Para aumentar a confiança e arriscar mais, é importante criar uma imunidade contra o negativismo.

6. Estar preparado para a oportunidade quando ela chegar
Preparar-se implica estudar mais. Fazer um plano de ação para desenvolver o máximo de competências para poder se habilitar e arriscar mais. Hoje, mais do que nunca, o autodesenvolvimento consta da cartilha dos grandes executivos. Sempre é tempo de aprender novas habilidades. Diversificar o aprendizado. Procurar se fortalecer naquilo que tem mais dificuldades. Preparar-se.

7. A pior tentativa é aquela que não foi feita
Grandes projetos pessoais são abandonados porque os seus autores acharam que não podiam, que não daria certo. Grandes negócios deixaram de ser realizados porque alguém teve medo de tentar. Em qualquer situação, é melhor tentar sempre. Desligar o botão do "achismo" ou "achômetro" e tentar. O pior que pode acontecer é ficar do jeito que está. Arriscar sempre.



0 comentários:

Postar um comentário