A chinesa Lenovo anunciou hoje sua entrada no varejo brasileiro de PCs. Em entrevista coletiva, a companhia apresentou três modelos de notebooks que devem estrear as vendas da empresa aos consumidores finais no país. Inicialmente estarão disponíveis um netbook e dois notebooks da marca, com preços entre 1.800 e 2.600 reais.
A primeira rede varejista a oferecer o produto é a Fnac, mas segundo os executivos da empresa, outras redes de grande varejo já estão em negociação. A Lenovo chega depois de praticamente todos os fabricantes estrearem no varejo. Segundo Tomaz Oliveira, presidente da companhia por aqui, a razão foi a preparação para a operação local. "Decidimos só entrar quando tivéssemos as operações maduras em manufatura, serviços, pressoas e processos, o que aconteceu há três meses", disse Tomaz Oliveira, presidente da Lenovo Brasil.
Nos Estados Unidos, há Lenovo começou suas vendas no varejo há cerca de um ano. No méxico, há seis meses. Embora a companhia tenha apresentado apenas modelos de portáteis até agora, a intenção é anunciar desktops em breve. "Queremos brigar pela liderança do varejo de PCs até 2011", diz Ayrton Tadeu Testa, diretor da unidade de varejo. Guerra de preços está fora da estratégia da companhia. A ideia é apresentar produtos com funcionalidades sofisticadas pelo preço padrão de mercado, como é o caso da ferramenta de reconhecimento da face do usuário do equipamento, função presente em todas as máquinas de consumo da empresa.
Algo que chamou a atenção no anúncio da Lenovo, porém, foi o fato de seu netbook e seu modelo de entrada de notebook, custarem exatamente a mesma coisa: 1.799 reais. Fica a sensação de que existe alguma chance de o alto custo sufocar de certa maneira o preço dos netbooks, mas os executivos argumentam que a proposta de consumidor é diferente -- sendo que os netbooks são direcionados principalmente para quem já tem computador e prefere um equipamento menor e de qualidade. "A finalidade é diferente e a proposta é atingir um consumidor disposto a pagar por essa mobilidade", disse Testa. A companhia começou a estruturar suas operações por aqui em julho do ano passado. De lá para cá, estruturou a operação de vendas e contato com os varejistas, treinou o pessoal de suporte - o atendimento feito pela Getronics -- e deu o pontapé inicial para a fabricação.
A produção é terceirizada e feita no Estado de São Paulo pela Compal e pela Quanta. As fabricantes asiáticas fazem parte de um acordo global da Lenovo de manufatura, e, segundo Oliveira, ajuda a evitar um problema atual para as empresas de PCs: a falta de componentes. "Não estamos com dificuldades de encontrar partes para os PCs. Essa é justamente uma das vantagens de termos fornecedores globais", disse Oliveira ao Zeros e Uns. Inicialmente a Lenovo não pretende vender diretamente pela internet, como faz a Dell, como forma de não concorrer com seus parceiros do varejo. "Queremos neste momento fortalecer o relacionamento com o varejista para ganhar presença nacional", disse Testa. Redes regionais também são a aposta da marca, como a Colombo, que atende o Sul e Sudeste do país. Hoje, 56% do mercado de PCs no Brasil é doméstico. Incluindo as pequenas e médias empresas, esse percentual sobe para 64%.
Por Camila Fusco
Fonte: Portal Exame
A primeira rede varejista a oferecer o produto é a Fnac, mas segundo os executivos da empresa, outras redes de grande varejo já estão em negociação. A Lenovo chega depois de praticamente todos os fabricantes estrearem no varejo. Segundo Tomaz Oliveira, presidente da companhia por aqui, a razão foi a preparação para a operação local. "Decidimos só entrar quando tivéssemos as operações maduras em manufatura, serviços, pressoas e processos, o que aconteceu há três meses", disse Tomaz Oliveira, presidente da Lenovo Brasil.
Nos Estados Unidos, há Lenovo começou suas vendas no varejo há cerca de um ano. No méxico, há seis meses. Embora a companhia tenha apresentado apenas modelos de portáteis até agora, a intenção é anunciar desktops em breve. "Queremos brigar pela liderança do varejo de PCs até 2011", diz Ayrton Tadeu Testa, diretor da unidade de varejo. Guerra de preços está fora da estratégia da companhia. A ideia é apresentar produtos com funcionalidades sofisticadas pelo preço padrão de mercado, como é o caso da ferramenta de reconhecimento da face do usuário do equipamento, função presente em todas as máquinas de consumo da empresa.
Algo que chamou a atenção no anúncio da Lenovo, porém, foi o fato de seu netbook e seu modelo de entrada de notebook, custarem exatamente a mesma coisa: 1.799 reais. Fica a sensação de que existe alguma chance de o alto custo sufocar de certa maneira o preço dos netbooks, mas os executivos argumentam que a proposta de consumidor é diferente -- sendo que os netbooks são direcionados principalmente para quem já tem computador e prefere um equipamento menor e de qualidade. "A finalidade é diferente e a proposta é atingir um consumidor disposto a pagar por essa mobilidade", disse Testa. A companhia começou a estruturar suas operações por aqui em julho do ano passado. De lá para cá, estruturou a operação de vendas e contato com os varejistas, treinou o pessoal de suporte - o atendimento feito pela Getronics -- e deu o pontapé inicial para a fabricação.
A produção é terceirizada e feita no Estado de São Paulo pela Compal e pela Quanta. As fabricantes asiáticas fazem parte de um acordo global da Lenovo de manufatura, e, segundo Oliveira, ajuda a evitar um problema atual para as empresas de PCs: a falta de componentes. "Não estamos com dificuldades de encontrar partes para os PCs. Essa é justamente uma das vantagens de termos fornecedores globais", disse Oliveira ao Zeros e Uns. Inicialmente a Lenovo não pretende vender diretamente pela internet, como faz a Dell, como forma de não concorrer com seus parceiros do varejo. "Queremos neste momento fortalecer o relacionamento com o varejista para ganhar presença nacional", disse Testa. Redes regionais também são a aposta da marca, como a Colombo, que atende o Sul e Sudeste do país. Hoje, 56% do mercado de PCs no Brasil é doméstico. Incluindo as pequenas e médias empresas, esse percentual sobe para 64%.
Por Camila Fusco
Fonte: Portal Exame
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