20 de março de 2009

O silêncio que faz barulho...

Por: Jairo César Pereira

Com o passar do tempo aprendemos muitas coisas. Corremos para estar sempre atualizados. Fazemos um curso de idiomas, informática, curso disso, daquilo e por ai vai. Aprendemos também que o tempo pode ser nosso amigo ou inimigo. Não podemos negar que os amigos são constituídos com muita dificuldade e amá-los é muito mais fácil do que entendê-los. E querer inverter esta ordem pode não dar muito certo. Temos ao longo do tempo grandes oportunidades, seja profissionalmente ou na própria vida pessoal. Oportunidades que nem sempre se repetem. É comum querermos entender o próximo e procurar nele algo parecido com a gente. É aí que mora o problema. Por que as pessoas têm que serem iguais? Por que os defeitos na maioria das vezes se destacam mais que as qualidades alheias? Por que o meu colega de trabalho tem que fazer tudo como eu faço para eu gostar dele? Por que temos o hábito de querer uniformizar a conduta humana e fazer das pessoas aquilo que somos ou acreditamos ser? O silêncio e o barulho podem parecer dois extremos, e também podem representar a mesma coisa se observarmos que o dois nos representa uma comunicação. A diferença entre um e o outro é o volume que cada um está sendo emitido. Quando uma pessoa fala demais e não é entendida, só fez barulho e não resolveu nada. E, quando uma pessoa fica em silêncio, está querendo nos dizer algo ou simplesmente não dizer. Não precisamos fazer um curso de interpretação de silêncio, e nesse caso devemos usar algo que aprendemos naturalmente ou de alguma outra forma, o bom senso. O tempo pode ser nosso amigo se soubermos que todo ser humano também tem um tempo, e pode ser nosso inimigo se esquecermos disso. No mundo dos negócios, tempo é dinheiro. Na vida pessoal, tempo é riqueza. Muitas vezes o que precisamos fazer é apenas regular o volume, seja do silêncio ou do barulho.

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