22 de abril de 2009

O novo consumidor brasileiro

O comportamento do consumidor mudou ao longo dos últimos anos, por conta da evolução do mercado de crédito e do crescimento da massa salarial. De acordo com o professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e diretor presidente do Instituto Fractal, Celso Grisi, o brasileiro sempre checa preços, prefere pagar à vista, preza pela qualidade e prepara uma lista, antes das compras.

Outro ponto relevante que ele detectou, com base em pesquisas realizadas pelo instituto que dirige, é que a família é levada em consideração na hora da compra. "Os consumidores dizem que a família é muito importante e que fazem tudo por ela", afirmou, durante o CCMCC (Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pagamento).

Como o brasileiro consome?
Confira abaixo as características do novo consumidor brasileiro, citadas por Grisi:
  • Racional e exigente;
  • Prefere produtos com qualidade suficiente, mas com preço baixo;
  • É mais sensível a preços. Se preço aumenta, ele troca para outro similar;
  • Tem consciência sobre o valor da moeda;
  • Está menos vulnerável ao poder da marca;
  • Menos fiel a produtos e marcas, então, quem conceder descontos sai na frente;
  • Gasta a maioria do seu orçamento com produtos familiares e para consumo dentro do domicílio;
  • Está mais voltado para o consumo em casa.
Mercado de crédito
Em relação à tomada de crédito, o professor afirmou que, enquanto as classes sociais mais altas notam as taxas de juros cobradas, aquelas mais baixas prestam mais atenção à parcela e ao prazo.

De acordo com Grisi, o mercado de crédito deve estar atento a esses dados, para poder trabalhar com esses valores e conquistar clientes. A renda no Brasil, atualmente, está em R$ 1,5 trilhão, sendo que 60% se concentram no Sudeste do País.

Fica o desafio, para o mercado de crédito, de localizar as demandas geograficamente, investir em regiões periféricas e fazer acordos com estabelecimentos comerciais.

Por Flávia Furlan Nunes - InfoMoney

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